segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A PRINCÍPIO ou A FELICIDADE REALISTA

MARTHA MEDEIROS

De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos,sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário,queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par e não como pares? Ter um parceiro constante, não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo a expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o
que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Com fusão....

É engraçado você ser o tipo de pessoa que esconde a realidade dos sentimentos até de si próprio. Engraçado ou triste? Não sei bem...
Por um lado até entendo esse lance de "armadura". Sim, acho que de certa forma protege o indivíduo dos sofrimentos que a ilusão pode trazer. Entretanto, que vida esse tipo vive? Aliás, ele vive?
Ok, mundo de faz de conta é legal quando se é criança, mas passado os anos...ah...não faz sentido!
Também acho engraçado a insatisfação constante do homem. Nada está completamente bom, estamos sempre buscando algo melhor...e isso não é errado! Pelo menos não pra mim!
O errado, a meu ver, é reclamar e não buscar melhorar. É reclamar de algo que julgava ser a melhor coisa do mundo há tempos atrás. É reclamar por dentro e dizer: "está ok" por fora.
Aliás, quem sou eu pra dizer o que é certo e o que é errado?
Eu hein....

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Borboletas


Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como
não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos
e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por
serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você
precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que
você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o
homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem
gosta de você. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para
que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava
procurando, mas quem estava procurando por você!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Venez

Depois de muita discussao entre Euro Diney e Veneza, decidi ir para a ultima.
Acordamos cedo no domingo e fomos a estacao central. Compramos as passagens de trem e embarcamos quase que imediatamente, nem deu tempo de fazer um lanchinho...hahahahaha...o Carioca dizia: nem parem pra comer nada aqui, italiano eh tudo lerdo!! hahahahahahaha...ele ainda apanha la!

Entramos no trem e comecou a causacao....mas os videos falarao por isso, deixa pra la. PAssamos 3 horas no trem, vendo a paisagem linda do norte da Italia, e qndo eu avistei Veneza, faltou ate o ar. E uma coisa unica, louca...linda demais!

Ja na saida da estacao de Veneza vc pode ver os canais cortando a cidade...mas a ideia inicial era nao passear de gondola, pois eh caro.
Andamos muito pela cidade, uns becos estranhos q vc nao sabe nem pra onde ta andando. Paravamos, olhavamos os souvenirs, andamos mais...Resolvemos parar na "estacao" das gondolas...o cara falou que o passeio de 40 minutos sairia 80 euros. Caro mesmo. Pensamos e fomos continuar nosso passeio.
Quem tem claustrofobia nao pode ir pra la...hahahahaha...a cidade eh um verdadeiro labirinto, e por mais que vc pegue informacoes, eh impossivel andar la...muito doido.
Encontramos uma carioca perdida la, pediu pra gente tirar uma foto pra ela...sozinha, coitada.
Por fim, resolvemos parar num gondoleiro e tentar negociar o preco com ele. Conseguimos uma reducao pra 60 euros num passeio mais rapido, mas passando pelos principais pontos. Ok, estamos em Veneza, nao andar na gondola seria o mesmo que ir a Roma e nao entrar no Coliseu. Nao tem como!
O engracado eh q todos eles, os gondoleiros, usam roupas tipicas, o chapeu com a camisa listrada. Achei isso super legal.
Entramos na gondola e eu tava embasbacada. Nunca na minha vida eu imaginei que estaria la, fazendo aquele passeio. Era muito bom pra ser verdade.
O gondoleiro nao quis cantar pra gente, eu acho que isso eh uma lenda...hahahahaha...nao vi nenhum cantando. Mas ele nos levou a Casa de Marcopolo, a uma igreja e uma casa de Operas da Cidade. Foi um passeio que valeu cada centavo.
Fazia um calor absurdo la, e eu nao quis pegar fila pra entrar na igreja central. Alias, como ja deu pra perceber, eu nao faco questao nenhuma de entrar em igrejas, a unica q eu vou entrar eh na Notre Dame.
Bom, passamos o dia la, o Carioca surtando com as pombas, dizendo que a rainha delas mora em Veneza pq ali eh o lugar que mais tem pomba no mundo pra ele...hahahahaahhaha.
Voltamos de trem pra Milao, cansados, mas muito felizes...
Tentamos ver um filme, mas todo mundo capotou no meio!
Como foram bons esses dias em Milao. O melhor de tudo certamente foi a cia do meu querido amigo, de quem eu sinto muita falta. Mas eh bom ver o quanto ele tem crescido, evoluido. Pena que tenha passado tao rapido.

Na segunda feira nos despedimos da Italia. Eu gostei de la, especialmente de Roma. Vc encontra muita gente disposta a te ajudar, e eh bom estar num pais onde as coisas funcionam. Eh bom vc ver que ha lugares no mundo onde o transporte publico eh bom, onde nao ha sujeiras nas ruas e q vc quase nao ve morador de rua, principalmente criancas...
Se nao fosse a saudade que eu sinto dos meus familiares e amigos no Brasil...ficaria por aqui mesmo!!!

sábado, 2 de agosto de 2008


Na sexta feira acordamos e fomos ao aeroporto tentar resolver nossa situacao junto a Swiss Air.
Ja estavamos conseguindo andar bem sozinhos pela cidade, o servico de transporte publico em Milao eh muito bom. VC chega no ponto de onibus e tem um letreiro dizendo qnto tempo o onibus vai demorar, e pagando 3 euros vc tem direito a pegar qntos onibus ou metro quiser no periodo de 24 horas.
Fomos ao aeroporto de Malpensa, puta role, mas conseguimos. Comemos por la mesmo e notei que o povo nao tem muita educacao mesmo, pois comem e largam a bandeja em cima da mesa.
Depois fomos a uma loja no centro de Milao que vende artigos para DJ...uma chatisse, mas eu tive que ir, nao tive escolha.
Voltamos pra casa do Carioca e esperamos ele voltar do trampo. Sempre passavamos num mercado ali perto, e o cara q nos atendia era bem mal educado. Em contrapartida, nesse dia passamos numa lojinha de artigos diversos e compramos uns badulaques, e fomos muito bem atendidos. La vc tem que dar sorte...
Quando o Carioca chegou nos fomos a um bar perto da casa dele tomar drinks...achamos um bar por acaso, e tinha muita coisa boa pra se tomar, muita cachaca brasileira tb.
Cada um pegou seu drink e ficamos sentados la fora, reparando e zuando os outros! hahahahahaha...normal isso do Carioca e de mim. Depois saimos andando pelas redondezas e depois fomos pra casa.
Vimos um filme e dormimos.
O sabado foi um dia de compras, primeiro o equipamento do Daniel, depois passei a tarde rodando no centro de Milao atras de promocoes (pobre eh uma merda). Nao comprei muita coisa, nao achei a porra do Buffalo pq nao existe a loja e sim um distribuidor.
Fomos pra casa descansar, pois no domingo iriamos pra Veneza...aaaah, q delicia!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Conhecendo Milao


Na hora marcado, fomos ao encontro de Paolo, o amigo do CArioca. Pegamos o onibus e em direcao a Duomo, uma igreja fantastica, enorme, com uma Nossa Senhora de ouro na ponta. Uns africanos amarraram uma pulseira no meu pulso e eu dizia: nao quero, nao quero...e ele: e presente...ai eu deixei e sai andando. Ele fez o mesmo com o Daniel, pediu dinheiro...ficamos putos mas demos...fazer o q?
Encontramos o Paolo. Ele aprendeu um pouco de portugues com o carioca, entao falavamos portugues, italiano e ingles, ja que ele trabalha com empresarios americanos, e o ingles dele eh muito bom.
Tentei entrar na Duomo, mas eu estava com uma blusa que mostrava os ombros. Tive que comprar um lenco pra me cobrir. Ainda bem que o Paolo estava conosco e pechinchou o preco do lenco...de 8 euros pra 3...grande economia! hahahahaahhaa
Entramos na igreja...muito bonita...enorme! Ficamos la um tempo e ele nos levou para andar na Galeria Vitor Emanuel, onde se encontra as lojas mais famosas, como a Prada, Gucci, Louis Vitton (sei la como escreve) e onde tem um negocio no chao que vc poe o calcanhar e da um giro, pra dar sorte e pra vc voltar pra Milao.
E uma cidade que lembra Sao Paulo, eh um lugar pouco turistico. Alias, eh turistica pra quem tem dinheiro pra gastar em lojas de grife, pois eh capital da moda, entao tudo gira em torno disso.
Depois o Paolo nos levou a uma rua onde estao as principais lojas, que eles chamam de quadrilatero da moda. Eu via vestido de 2000 euros e nao entendia pq era tao caros...no bras tem coisa muito mais bonita!! hahahahahaahahah
Ele nos contou que qndo a Madonna vai fazer comprar la, eles fecham a rua toda...assim como o Beckham e outras celebridades. Falou que o Mike Taysson, numa tarde gastou mais de 4 milhoes de dolares...eh, pra quem pode, e eu so fiquei olhando as vitrines mesmo! hahahahahha
Acabou o primeiro turno de trabalho do carioca e ele nos encontrou la. Nos despedimos de Paolo, que pretende ir ao Brasil em outubro. Ele falou que nos eramos legais, pq qndo ele errava algo em portugues nos corrigiamos com educacao, mas que o Carioca sempre briga com ele! hahahahahahahaha
De la fomos pra casa, compramos cervejas e o Carioca saiu pra trampar de novo.
A noite bebemos mais cerveja, conhecemos o outro amigo que mora la com ele...doidao, com piercings e ele nos mostrou uns cds de Speed Core que ele curte...hahahahaha...muito gente boa, ficava imitando animais com a namorada....hahahahahahaha

Rumo a Milao

Depois de brigar com a atendente da Ryan Air, de corrermos com medo de perder o aviao, ficamos mais de meia hora esperando para embarcar...vontade de voltar la e chutar aquela vaca.
No onibus que nos levou ao aviao, um travecao brasileiro com um velho italiano falava: ai, essa companhia eh horrivel...aqui na Italia tem que tomar cuidado com a mafia...vc nao sabia q a mafia eh daqui?? Tudo mafioso meu bem...
Eu tentei segurar o riso mas nao deu, olhei pro outro lado e gargalhava...e ja dentro do aviao, como os lugares nao sao marcados nesses voos baratos, eu fugi do traveco pra nao dar vexame...hahahahahahahaha
O voo foi rapido, uma hora eu acho. Chegamos em Milao e vi meu querido amigo e filho, o Carioca. Nossa, que saudade que eu estava dele! Ele veio preparado pra nos apanhar, com garrafa d' agua, biscoitos, mapas do metro e as passagens do onibus. Entramos no onibus e nao paramos de falar...tb, quase um ano sem nos ver...o povo olhava feio, mas ele xingava todo mundo...hahahahahahaha...falamos muito.
Ele me contou que nao gosta do italianos, que eles sao mal educados, porcos, q so sabem reclamar...q ele xinga o chefe dele todo dia...hahahahahhaahha...ele nao mudou nada, so ta mais encrenqueiro, eu diria.
Ele nos acompanhou ate a casa dele e foi pro trabalho. Nos descansamos um pouco e ficamos esperando ele voltar.
A noite, qndo ele voltou, depois das 11, mais conversas, cervejas, risadas...e ele marcou com um amigo dele de nos acompanhar a um passeio em Milao no dia seguinte. Conhecemos o Mauro, um dos amigos que moram com o Carioca, italiano super gente boa, trouxe pizza e ficou tomando uma com a gente.
Perguntei o que ele sabia de portugues, o que tinha aprendido com o Rick (o carioca eh Rick la) e ele fala: BUCETA QUENTE! Eu fiquei rindo e perguntei pro Carioca: Como assim?? E ele responde, calmamente: Nao, eh q qndo eu me queimo na cozinha eu grito: buceta, ta quente!! e ele aprendeu...
Foi bom ver que essa pessoa tao querida pra mim esta bem la, trampando muito, mas sendo reconhecido. Ja fala italiano, tem amigos, plano...essa eh uma pessoa que eu me identifico muito, e que admiro mais ainda...foi otimo estar com ele.

Descorbindo Roma


No segundo dia nao quisemos saber de acordar cedo. Ja tinhamos visto muita coisa, e estavamos mortos...entao dormimos bastante, e quando a Camila saiu para trabalhar depois do almoco, nos deixou no metro.
De la fomos tentar resolver o negocio da nossa passagem de volta, pq como nao avisamos na Swiss Air que viemos antes, a volta tinha sido cancelada. Entao, depois de nos perder no metro, de ir rumo ao aeroporto errado e coisas do tipo, chegamos a estacao de trem. Foi ai que desistimos de resolver isso em Roma, pois gastariamos quase 50 euros para ir e voltar.
Ok, a gente ve isso depois...fazer o q? Peco pro Kimbu nos levar la hj a noite, sei la...e fomos para o Vaticano. Confesso que nao morri de vontades de entrar la, eu queria mesmo era ver o teto da Capela Cistina, pintado por Michelangelo. Mas chegando la, descobrimos que esta estava fechada...vi a fila pra entrar no Vaticano e bodiei, tiramos foto la na frente, andamos um pouco por la e fomos em direcao ao Castelo Sant' Angelo.
Na porta do castelo compramos alguns souvenirs. Impressionante que onde paravamos, o vendedor perguntava: de onde sao? Qndo falavamos BRASIL, eles falavam espanhol com a gente! hahahaahahhaha...ok,ok, eu entendo espanhol, mas la a gente fala PORTUGUES! hahhahahaha...o pessoal em Roma era bem bacana.
Entramos no castelo e o Daniel: ja aviso que eu costumo entrar nos lugares proibidos dos castelos, ok? E eu: nooooossa, que darkeiro, hein! hsuahsuahsuahsuahsa...no fim ele nao entrou em canto algum, ate pq nao tinha, mas tirou foto de onde nao podia...hahahahahaha...brasileiro eh uma merda!
O castelo era bem legal, eu pelo menos viajava la dentro...imaginando mil coisas. De la fomos encontrar o Kimbu para ele nos levar a uma loja de DJs pq o noia do meu namorado queria ir. Nem reclamei pq na ida ele me deu um oculos muito lindo, que eu nem menciono o valor...hahahahaha...mas ai no Brasil ele nao sai por menos de 800 mangos, entao aqui foi uma pechincha, menos da metade.
De la fomos para casa, e foi o dia do nosso churrasco. O Kimbu fez questao de comprar picanha e assar pra nos...matar a saudade do Brasil. E tava tudo muito bom, sem contar a pasta ao molho de gorgonzola que a Camilla fez pra gente...mais uns dias la e eu saia rolando! hahahahaha
No dia seguinte acordamos cedo de novo e fomos a casa do Kimbu. De la fomos pro metro, queria ver o Pantheon e a Fontana di Trevi. Nos despedimos do Kimbu no metro mesmo, ja sentindo saudade desse doidao.
Pra variar nos perdemos um pouco, mas o pessoal fora condial conosco, e conseguimos as informacoes...chegamos primeiro ao Templo Adriano, muito bonito, enoooorme. Depois, achamos a Fontana di Trevi, uma coisa absurda, linda, cheia de agua jorrando, dava vontade de pular la dentro.
Compramos mais alguns souvenirs e fomos em direcao ao Pantheon, que a Milla dizia ser o mais belo pra ela. Realmente era lindo, e como tudo em Roma, a grandiosidade assustava.
De la voltamos pra casa, arrumar tudo pra irmos a Milao naquele mesmo dia, quarta-feira.
Almocamos com a Milla, e ela nos deixou no metro. Nos despedimos ali, e agora eu os aguardo no UP desse ano. So tenho a agradecer aos dois, fui muito bem recebida...
Mais uma vez no metro, a respiracao tapada (sempre que vc entrar em um transporte publico na Europa isso eh necessario. O povo realmente nao toma banho todo dia, entao imaginem o odor...hahahahahaha), fomos ate a estacao final e de la tomamos um bus para o aeroporto. Chegamos la na hora, mas a atendente nao queria mais nos atender, super grossa. Por fim fez o nosso check in como quem faz favor a alguem (porra, eu paguei por essa merda), ate que chegou uma bichinha e deu o maior pity com ela em italiano, pq ela nao queri fazer o check in dele tb. Deixamos eles brigando e fomos pra sala de embarque.

Adorei Roma. A maior parte das pessoas sao simpaticas, te explicam as coisas...tem excecoes, mas comparada com as pessoas da Belgica, elas sao pessoas amaveis! hahahahaahha.
E legal vc conhcer os costumes, a cultura do local. Por exemplo, eu chorava de rir cada vez que o Daniel tinha que dar dois beijinhos em outros caras, pq la eh assim...e o melhor, eh q alguns caras ficavam com receio de me cumprimentar com beijo no rosto, mas nao exitavam em beijar o Dani! aahahaahahahahahahhaha...eu fazia questao de ir atras dele, rindo baixinho...e ele nem podia fazer nada!
E, acho que eu sou um pouco demoniaca sim...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Pernas pra que te quero Parte I


Na segunda feira demos inicio ao passeio pelos monumentos de Roma. Acordamos cedinho com o Kimbu, antes das 7 da manha. PAssamos na casa dele, conhecemos sua mae e tomamos o cafe. De la fomos ao metro, o Kimbu foi para o trabalho, e nos a estacao Flaminio. Andamos muito, e eu ficava sempre atenta aos ciganos, pq sempre me falaram pra ter cuidado que alguns roubam.
Nos perdemos, tiramos fotos, pedimos informacao a um senhor que educadamente nos disse pra que lado ficava o Coliseu.
Seguimos as orientacoes dele e paramos num local onde so havia ruinas...e ja havia um senhorzinho sentado ao sol que comecou a conversar conosco em espanhol-italiano, e contou a historia dos monumentos mais proximos...eram o antigo mercado de Roma, a biblioteca, a prisao...mostrou tudo e por fim nos vendeu um livro com a historia ilustrada de Roma...muito bacana.
De la fomos andando...primeiro para a Piazza Veneza, um lugar que pelo tamanho ja assusta, pela beleza e riqueza dos detalhes, nem se fala! Tinha uns caras vestidos de Gladiadores, eu ja surtei e queria tirar foto com eles, qndo percebi que eles estavam ali justamente para isso, e cobravam obviamente. Desisiti da ideia da foto e fomos andando adiante...
Entramos num museu, qe parecia ser algo do exercito...encontrei uma sala com uma grande estatua de um cara no cavalo, que parecia me expulsar...hahahahahaha
Depois, nesse mesmo museu encontramos um elevador...pagamos 7 euros cada um e fomos ao Terraco...Dava pra ver tudo de la de cima, uma vista deslumbrante.
Seguimos andando na rua principal, fazia uns 35 graus...caralho...muito quente! E por conta disso, gastavamos uma boa grana com agua e refri...mas ok, vim pra isso mesmo!
Nessa grande avenida tem estatuas dos principais imperadores de Roma, muito legal. Tirei foto com um deles, olhando debaixo da saia...ahahahahaha
Paramos num restaurante para comermos e fomos muito bem atendidos, o Daniel se virou no ingles. E meio complicado usar o ingles na italia, pois os poucos que falam tem um baita sotaque, fica dificil entender o que eles falam. Depois o carioca me explicou que eles falam ingles de um jeito beeeem diferente...tipo, ao inves de falar HOLYWOOD, eles dizem OLIVUDA...meio complexo entender! hahahahahahahahahha
Bom, de barriga cheia, saiamos andando em direcao ao Colosseo. A fila estava grande, e pra onde eu olhava via brasileiros. Um cara chegou e perguntou se falavamos ingles. O Dani disse que sim, e ele falou que se nos pagassemos 10 euros a mais, fariamos o passeio com um grupo, com o guia contando a historia...e que nao ficariamos na fila. Topamos e nos juntamos a um grupo de umas 15 pessoas. O cara comecou a contar a historia do lado de fora mesmo, explicando como eram as entradas, e pra que servia o Coliseu...a politica do Pao e Circo. Fazia umas piadas bobas, mas eu ria, estava contente de que conseguia entender bem o ingles (ele falava de uma forma mais certinha, sem tanto sotaque).
Sei que entramos rapidamente mesmo, e la dentro ele nos contou mais da historia...tirei muitas fotos, andei por la o pensamento foi longe...caraca, era insano estar ali, no Coliseu, onde tanta coisa aconteceu...
Tinha outro tur no Foro Romano, mas nao quisemos participar desse, embora nao tivessemos que pagar nada mais. Andamos por la sozinhos, e depois fomos almocar num restaurante ao lado do Coliseu...comemos pizza, claro! E aqui cabe uma ressalva: as pastas da Italia sao realmente muito boas, pelo menos as que a Camilla fez para nos e as que eu comi no restaurante no lago. Mas a pizza nao e la essas coisas nao...as de Sao Paulo sao muito melhores!
Antes de comermos, fomos a um antigo carcere...um local pequeno, abafado, escuro...me senti mal la e saimos rapido...eca!
Ja que falei de comida, os italianos comem bem...em qualidade e quantidade. Comem com vontade, e qndo vc nao os acompanha, eles olham desconfiados, como achando que vc nao curtiu o prato...hahahahahha...e geralmente eles comem todos os pratos, tipo a entrada, o principal, a salada...isso eh costume, e do cotidiano deles.
Depois do almoco fomos ao Circo Maximo, que era onde aconteciam as corridas e lutas nas bigas. Sentamos e descansamos um pouco ali, pois falando parece perto, mas davamos boas caminhadas debaixo do solzao...
Ai decidimos ai ao Castelo Sant Angelo, um lugar que eu vi a noite e fiquei deslumbrada. Andamos muito, mas muito mesmo...nao aguentavamos mais. Ligamos para o Kimbu e ele nos explicou como voltavamos pra casa...tinhamos que andar mais, nos perdemos, pegamos informacao com a central de turismo num ingles porco, nos perdemos mais, ligamos pro Kimbu de novo, compramos um mapa e por fim achamos o onibus.
Alias, o transporte publico de Roma e sensacional. Vc paga 3 euros num bilhete e usa metro e onibus durante o dia, qntos forem necessarios. Eles nao se atrasam, sao confortaveis e vc nao precisa esperar muito.
Chegamos em casa e ja eram seis da tarde. Caraca, passamos o dia andando mesmo...meu corpo doia inteiro, so queria um banho e descanso.
Conheci a mae da Camilla, batemos um papo e fomos ver o Estadio Olimpico do Roma. Da casa que estavamos dava para ve-lo...demais!
Bom, essa noite foi de descanso e cerveja!

Passeios em Roma


Fomos para o bosque, puta lugar lindo.
O Kimbu, como bom anfitriao, nos recebeu com cervejas muito boas....hahahahahahaha
Conversamos um pouco e mais tarde fomos para o point de Roma, uma praca onde os jovens se encontram pra beber, conversar e etc.
No primeiro bar que eu entro, encontro o Gustavo...hahahahaaha...pronto, ai a trupe tava junta.
Entravamos nos bares, pediamos uma cerveja, enchiamos os copos e saiamos andando...e todo amigo que o Kimbu nos apresentava, era brasileiro...hahahahahahaha...andavamos pelo centro de Roma e so falavamos portugues ou espanhol...
Sei que qndo percebemos, estavamos todos meio bebados, e ja passava das 4 da matina. Nao tem banheiro nos bares, e sei que tive que ir atras de um carro numa ruazinha deserta com a Camilla....hahahahaha...nunca que eu faria um negocio desses no Brasil, mas ja que estamos na Italia, vamos viver como eles! hahahahahahaha
Quando compravamos a ultima cerveja, o cara da lanchonete nos da 3 sanduiches de queijo e salada deliciosos. Era hora de fechar o bar, entao ele teria que jogar tudo fora...alem de bebados, saimos de la alimentados! hahahahahahahahaha
Passamos a noite de carro pelo Coliseu e pelos outros monumentos que ficam proximos...nossa, foi ai que eu me emocionei de verdade. Nossa, e tudo muito lindo, aquilo que eu so via em revistas e pela TV tava ali, na minha frente, exalando historia...cara, eu olhava tudo embasbacada...realmente mexeu comigo.
O melhor da noite aconteceu quando um italiano pediu cigarro pro Gustavo e comecou a puxar papo conosco. Perguntou de onde eramos, e quando soube, ja comecou a falar de futebol! O Gustavo deu trela pro cara e ele ficou ali, falando, falando...e disse que nao ia no Brasil pq nao falava portugues, e que ele curte beber. O Gustavo responde: mas nao precisa saber falar portugues, e so falar BEBADO que todo mundo te entende la...hahahahahahaha...e o cara saiu repetindo a palavra e foi-se embora...
Acordamos no domingo com o Kimbu gritando: acorda, vcs tao na Italia!! Ja passava da uma da tarde...
Almocamos e fomos para um lago ha cerca de 30 km de Roma. Foi ai que tomei o sorvete italiano pela primeira vez, mais precisamente o de Fruta di Bosco. Amor a primeira vista, nunca tinha tomado sorvete que fosse parecido...delicioso!
Passamos o dia nesse lago, tomando cerveja, nadando, conversando, tomando sol...dei ate minha cochilada ao sol...e fechamos o dia jantando no restaurante a beira do lago que pertence a uma prima da Camilla...foi um dia muito especial, muito gostoso.


terça-feira, 29 de julho de 2008

Roma


Na hora de embarcar no voo de Zurich pra Roma, ja notei diferenca. O povo furava fila, se aglomerava no balcao, sem respeito a nada. Ja pensei: sera q to voltando pro Brasil???
Deu um problema na nossa reserva e como o voo tinha sido adiantado, ao inves de irmos na classe economica fomos na executiva...um luxo so!
O voo foi rapido dessa vez, aproximadamente uma hora e estavamos em Roma...la de cima vi o mar...o mar Mediterraneo.
Agora vinha a parte dificil, conseguir entrar na Uniao Europeia. O cara nos olha de cima abaixo, ve no passaporte que somos brasileiros....olha de novo. Num ingles pessimo e com a cara de poucos amigos pergunta: Cade a reserva do hotel? Hum...vamos ficar em casa de amigos! E cade a carta de convite??? Nao temos. Mais uma olhada...o Daniel saca a passagem de volta ao Brasil, eu pego o voo de Roma pra Milao e de Milao pra Bruxelas...pronto, mostramos que iriamos sair de la.
Ai vem a pergunta fatal: qnto dinheiro vcs tem? Temos X, mais cartoes de credito.
Vcs dois tem X ou cada um tem esse X?
Nao, eu tenho X, ela tem Z...
Mais uma olhada...carimbou o passaporte...agradecemos e passamos rapido, antes que ele mudasse de ideia! hahahahahahahaha

Ok, Italia.
Tentamos ligar para o Kimbu, mas nao conseguiamos usar o orelhao. Vamos ate a banca de jornal dentro do aeroporto... o Dani se adianta a senhora: Do u speak english? Ela mal olha na nossa cara e diz que sim.
Ele pede ajuda pra ligar para o numero do Kimbu, ela coloca um cartao telefonico sobre a mesa e diz: cinco euros.
Ok, ja vi quao cordiais eles sao...hahahahaha...quero voltar pra Zurich! La as pessoas sao amaveis! ahahahahahahh. Falamos com o Kimbu e fomos espera-lo la fora. Sentamos num lugar, e de cada 10 carros que passavam, 7 eram mercedes ou BMW. Ja vi muito lixo no chao e nao me senti tao longe de casa...
Eles chegaram...saudades do Kimbu e conheci a Milla, sua namorada. Nos entendemos muito bem no portugues-espanhol-italiano. Ela morou um ano na Espanha, entao a comunicacao era facil.
Malas no carro e saimos do aeroporto, esquecendo de confirmar nosso voo de volta conforme o atendente da Swiss Air havia pedido no Brasil, ja que nosso voo tinha sido adiantado na ida...ah, estavamos cansados, loucos pra reencontrar o Kimbu.
Eis que nosso anfitriao diz: Deram sorte! Estamos na casa da tia da Camilla, que esta viajando. Fica no centro de Roma, mas dentro de um bosque....acho que vcs vao curtir!
E assim fomos pra tal casa, eu apreciando a paisagem, o calor (e que calor), e colocando as fofocas em dia com o Kimbu...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Enfim, Zurich

Doze horas de viagem, risadas com o Dani, com o Homer (tive que ver um episodio), deslumbramento ao descobrir que o aviao tinha cameras externas que permitiam que eu tivesse a vista dos pilotos e de toda area abaixo da aeronave, e finalmente estava em Zurich.
O pais do chocolate, das vaquinhas, dos Alpes...a vista la do alto era linda, havia neve em algumas montanhas.
O que eu ouvi a respeito do lugar e que eu amaria a cidade, tudo muito bonito, mas que as pessoas eram secas, frias...ja fui com um certo receio.
Parei na alfandega, e a mocinha, muito educada conversou conosco em ingles, perguntando qnto tempo ficariamos, se era a primera vez...e qndo soube que estavamos apenas de passagem disse: Ah, vcs deveriam ficar mais! Nos temos as montanhas mais lindas do mundo! Voltem assim que puderem, nao irao se arrepender!
Pronto, ai a imagem de frios ja se dissolveu pra mim, pois ela fora deveras simpatica. Antes disso, de um terminal ao outro vc tem que pegar um trem do aeroporto mesmo...cara, coisa de outro mundo! Eu olhava pra tudo deslumbrada, e algo totalmente fora da minha realidade. No trenzinho ouvia-se uma vaquinha e seu sino, e pela janela eu via varias fotos de uma menina vestida com trajes tipicos suicos trancinhas, que conforme o trem passava parecia um mini-video...achei muito legal!
Ok, estava em Zurich, estava na Europa. Mais informacoes solicitadas no aeroporto, pessoas muito cordiais e prestativas, trocamos um pouco de euro em franco suissos e pegamos o trem pra cidade. Mais modernidade e eu estava meio atonita com tanta novidade e com a noite mal dormida, sem contar a diferenca de 5 horas no fuso...
Chegando na estacao central (a viagem levou menos de 15 minutos), mais informacoes pedidas, mais gente educada e saimos andando pela cidade...um calor gostoso, devia fazer uns 27 graus. Muita gente tomando sol no paque, familias, jovens, casais...pra onde se olha, so se ve cabecas amarelas....hahahahahha...eu era um ponto de destaque no lugar, acho ate q era a unica morena de olhos castanhos....fora isso so vi uns poucos negros no parque, falando uma lingua X que nao entendi lhufas.
A fome aperta, saco da mochila um sandubas que compramos no aeroporto de Sampa. O Dani pergunta: sera que ta bom?? E eu: Pagamos 15 conto nele, vai ter que ta otimo!
Acho que estava bom sim, ate agora nao morri...hehehehehehe.
Bom, vamos a Zurich: e a cidade dos sonhos. Tudo que vc ouviu de bom, esta la. Vc pisa na faixa de pedestres, com ou sem semaforo, o motorista para. Vc pode estar errado, ele para. O farol pode estar fechado pra vc, ele para. Ele pode estar a 500 km/h, ele para, e o melhor, nao xinga.
Falei logo pro Dani: precisamos nao nos acostumar a isso, senao nao duraremos 10 minutos no Brasil...hehehehhhe.
A cidade e linda e limpa. Calma. Bondes andam pelas ruas, o idioma oficial e o alemao, mas e facil se virar com o ingles, todo mundo fala.
Tem o rio maravilhoso de aguas azuis, com peixes e cisnes que corta a cidade, onde as pessoas se banham livremente.
Ha pouco ou nenhum lixo jogado pelas ruas, e por onde andei achei tudo perfeito. Muitas biciletas, igrejas (nao quis entrar em nenhuma, quis dar uma andada geral pela cidade pq o tempo era escasso), feirinhas, mas a cidade e realmente muito cara. Um outro tipo de vida, um outro padrao. Carros luxuosos andam tranquilamente pelas ruas, conversiveis sem capota, sem medo de sequestro relampago! hahahahahahhah
Andando numa das ruas, um senhor cheio de malas se vira e pergunta: Vcs sabem onde fica o hotel X? E a gente: vish, estamos de passagem...e ele responde: ah, eu ouvi o portugues e resolvi perguntar....Esse foi nosso primeiro contato com brasileiros la fora.
Bom, este e um lugar que eu faco questao de voltar. Ate musica classica vc escuta ao andar pela cidade.
Na volta ao aeroporto, sem querer entramos num vagao do trem que so tinha criancas. Sentamos assustados, e uma senhora comecou a nos explicar em alemao o que era, ou seja, nao entendi porra nenhuma...so que ela falou que poderiamos ficar la de boa....hahahahahahaha....depois ela passou com um saco de chocolates pras criancas e me ofereceu...CHOCOLATE SUISSO, eu iria recusar?? Obvio que nao. Agradeci e peguei um pedaco...pedaco do ceu aquele troco, como pode ser tao gostoso?? hahahahahhaa
Antes do trem sair, ouvimos um barulho...o Daniel, aproveitando que estavamos em um lugar diferente, solta: Caralho!! Uma moca a frente ri...sei la, nao entendi nada.
Qndo descemos do trem, ela vira e fala: brasileiros?? E a gente: sim, sim! Ela era portuguesa, conversou conosoco, falou que ali era demais mesmo e que ha muitos brasileiros por la...nos despedimos e fomos ao aeroporto nos preparar para o outro voo, agora sim para Roma.

Europa 2008


A ficha so caiu na terca feira anterior a viagem. As 5:30 eu acordei e nao dormi mais, fiquei rolando feito um kibe na frigideira, pensando em tudo que ainda tinha pra organizar....
A mala, como sempre, saiu maior do que o previsto...afinal, sao mais de 30 dias zanzando de pais em pais, cidade em cidade...
Ok, a euforia foi aumentando a medida que as horas passavam...eis que dia 18/7, uma sexta-feira qualquer para muitos, um sonho antigo comecou a tomar forma: eu estava ali, fazendo check in no stand da Swiss Air, com destino a Zurich, a primeira parada...
Ficaria 9 horas ali, esperando o voo pra Italia, mas o atendente conseguiu adiantar nosso voo...seriam apenas 5 horas em Zurich agora, mas achei que tava bom.
O aviao chega, aquele baque....nunca tinha entrado num JUMBAO, como dizia o Daniel...hahahahaha....muito luxo pra uma pessoa so! Cada cadeira tem a tela em frente, com controle remoto...tres fileiras de poltronas...gente do mundo todo, um monte de idioma sendo falado...pronto, ja estava em outro mundo...hehehehehehe
A viagem comecou pontualmente, sem atrasos. Um casal de gays sentou-se ao nosso lado...sem problemas...ate que o suisso resolveu levantar o braco...muito problema ae! hahahahahaha...verdade, parecia que tinha uma duzia de urubus no sovaco dele! Acho que o brasileiro se tocou e trocou de lugar com ele...colocou-o no corredor, para nosso alivio...
Comeca o servico de bordo, e eu, como qualquer pobre, pede logo vinho, obvio. A aeromoca fala em ingles, minha lingua enrola, mas ela me entende...hahahahaha...white wine! Uma dose equivale a 5 la no alto, e depois da segunda garrafinha eu ja to numa otima...mas mesmo assim termino a do Dani. Comeco a relaxar, ficar mais leve...resolvo ligar a telinha e vejo que tem THRILLER do nosso amigo Michael para escutar...eu ria, cantava...imaginava coisas...foi otimo. Enfim, doze horas de voo, eu nao consegui dormir muito bem pq a cadeira nao deita muito, mas cheguei em Zurich cheia de vontade....


PS: o notebook do Dani nao tem acentuacao!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O parto

Casamos novos. Ela com 19 e eu com 20 anos de idade.
Lua-de-mel, viagens, mobílias na casa alugada, prestações da casa própria e o primeiro bebê.
Anos oitenta e a moda era ter uma filmadora do Paraguai.
Sempre tinha um vizinho ou amigo contrabandista disposto a trazer aquela muambazinha por um preço módico.
Ela tinha vergonha, mas eu desejava eternizar aquele momento.
Invadi a sala de parto com a câmera no ombro e chorei enquanto filmava o parto do meu primeiro filho.
Todo mundo que chegava lá em casa era obrigado a assistir ao filme.
Perdi a conta das cópias que fiz do parto e distribuí entre amigos, parentes e parentes dos amigos.
Meu filho e minha esposa eram os meus orgulhos.
Três anos depois, novo parto, nova filmagem, nova crise de choro.
Como ela categoricamente disse que não queria que eu filmasse, invadi a sala de parto mais uma vez com a câmera ao ombro.
As pessoas que me conhecem sabem que havia apenas amor de pai e marido naquele ato.
O fato de fazer diversas cópias da fita era apenas uma demonstração de meu orgulho.
Nada que se comparasse ao fato de ela, essa semana, invadir a sala do urologista, câmera ao ombro, filmando o meu exame de próstata.
Eu lá, com as pernas naquelas malditas perneiras, o cara com um dedo (ele jura que era só um!) quase na minha garganta e minha mulhergritando:
Ah! Doutoor! Que maravilha! Vou fazer duas mil cópias dessa fita! Semana que vem estou enviando uma para o senhor!
Meus olhos saindo da órbita a fuzilaram, mas a dor era tanta que não conseguia falar.
O miserável do médico girou o dedo e eu vi o teto a dois centímetros do meu nariz.
A mulher continuou a gritar, como um diretor de cinema:
- Isso, doutor! Agora gire de novo, mais devagar. Vou dar um close agora .
Alcancei um sapato no chão e joguei na maldita. Agora, estou escrevendo este e-mail, pedindo aos amigos que receberem uma cópia dofilme, que o enviem de volta para mim. Eu pago o reembolso.
Luiz Fernando Veríssimo

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Cenoura, Ovo ou Café


Uma filha queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia. Seu pai, um "chef", levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pôs café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palvra. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Virando-se para ela, perguntou:
Querida, o que você está vendo?
Cenouras, ovos e café, ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então lhe pediu que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso. Ela perguntou humildemente: " O que isto significa, pai?"
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, água fervendo, mas que cada um reagiria de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rígido. O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
Qual deles é você? ele perguntou a sua filha. Quando a adversidade bate a sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café? E você? Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha e se torna frágil e perde sua força?
Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável? Você teria um espírito maleável, mas depois de alguma morte, uma falência, um divórcio ou uma demissão, você se tornou mais difícil e duro? Sua casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis? Ou será que você é como o pó de café? Ele muda a água fervente, a coisa que está trazendo a dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a 100 graus centígrados. Quanto mais quente estiver a água, mais gostoso se torna o café. Se você é como o pó de café, quando as coisas se tornam piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.

COMO VOCÊ LIDA COM A ADVERSIDADE? VOCÊ É UMA CENOURA, UM OVO OU CAFÉ?
Autor desconhecido

terça-feira, 17 de junho de 2008

Lisbon Revisited (1923) - Álvaro de Campos


NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!

Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!

Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Deficiente


"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois "Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A amizade é um amor que nunca morre."

(Mário Quintana)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos namorados

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece
uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma
laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra
metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida
merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos
falta: a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas
pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos
com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos
fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que
os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são
confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma
para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas,
são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito
apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar
por alguém"
(John Lennon)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O processo do relacionamento

Já parou pra pensar sobre a jurisdição do relacionamento?
Todo relacionamento traz embutido uma fase de conhecimento, para depois ter a fase de execução. A doutrina da mocidade, então, inventou as medidas cautelares e a tutela antecipada. Afinal de contas, com o “fica”, você já obtém aquilo que conseguiria com o relacionamento principal e, além do mais, já toma conhecimento de tudo o que possa acontecer no futuro.
Esse processo de conhecimento pode ser extinto sem resolução de mérito, por carência de ação… E sem o impulso oficial a coisa não vai pra frente. Pode ser por ilegitimidade de parte, que normalmente se constata apenas na fase probatória. Ou, ainda, impossibilidade do pedido, ou seja, chega a um determinado ponto que não tem quem agüente. E ainda, o mais freqüente, que é a falta de interesse… aí paciência!
E logo na petição inicial, pode ocorrer o indeferimento por inépcia, se já chegar sem qualquer fundamento.
Se ocorrer intervenção de terceiros, aí a coisa complica, pois amplia objetiva e subjetivamente o relacionamento, tornando-se uma questão prejudicial. Como se sabe, todo litisconsórcio ativo é facultativo, dependendo do grau de abertura e modernidade do relacionamento.
É necessário estar sempre procedendo ao saneamento do relacionamento, para se mantenha a higidez para as fases futuras. É um procedimento especial – uma mescla entre processos civil e penal -, podendo seguir o rito ordinário, sumário, ou, até mesmo, o sumaríssimo, dependendo da disposição de cada um.
A competência para dirimir conflitos é concorrente. E a regra é que se busque sempre a transação.
Com o passar do tempo, depois de produzidas todas as provas de amor, chega o momento das alegações finais… é o noivado! Este pode acontecer por simples requerimento ou então por usucapião. Alguns conseguem a prescrição nesta fase.
E chega a hora da sentença: “Eu vos declaro marido e mulher, até que a morte os separe”. Em outras palavras, está condenado à pena de prisão perpétua. São colocadas as algemas na mão esquerda de cada um, na presença de todas as testemunhas de acusação.
E, de acordo com as regras de direito das coisas, “o acessório segue o principal”. Casou, ganha uma sogra de presente. E neste caso específico, ainda temos uma exceção, pois laços de afinidade não se desfazem com o fim do casamento.
Mas essa sentença faz apenas coisa julgada formal. É possível revê-la a qualquer tempo. Se for consensual, tem que esperar um ano, apenas!
Talvez você consiga um “habeas corpus” e consiga novamente a liberdade. Como disse alguém que não me lembro agora, “o casamento é a única prisão em que se ganha liberdade por mau comportamento”. Ah! Nesse caso, você será condenado nas custas processuais e a uma pena restritiva de direitos: prestação pecuniária ou perdimento de bens e valores.

Desconheço o autor

Paciência e Tolerância

Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, tendo ação tranqüila e acreditando que você irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes, de aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha obtido , capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção, sem ter pressa, capacidade de se libertar da ansiedade. A tolerância e a paciência são fontes de apoio seguro nos quais podemos confiar. Ser paciente é ser educado, ser humanizado e saber agir com calma e com tolerância. A paciência também é uma caridade quando praticada nos relacionamentos interpessoais.


A tolerância, do latim tolerare (sustentar, suportar), é um termo que define o grau de aceitação diante de um elemento contrário a uma regra moral, cultural, civil ou física.
Do ponto de vista da sociedade, a tolerância define a capacidade de uma pessoa ou grupo social de aceitar, noutra pessoa ou grupo social, uma atitude diferente das que são a norma no seu próprio grupo. Numa concepção moderna é também a atitude pessoal e comunitária face a valores diferentes daqueles adotados pelo grupo de pertença original.


Tem me faltado os dois pra certas coisas...

By Wikipédia.


segunda-feira, 19 de maio de 2008

Depilação - versão masculina


Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário em que não
se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando
minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas 'partes'.
Após alguns minutos ela veio com a seguinte idéia:
Por que não depilamos um pouco suas partes? Assim eu poderia fazer 'outras
coisas' !!!!!
Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos fiquei
imaginando o que seriam 'outras coisas'.
Lógico que eu ja estava pensando nas mais diversas posições elásticas
possíveis.
Respondi que não, que poderia doer e tal, mas ela veio com argumentos sobre
as novas técnicas de depilação e eu imaginando as 'outras coisas' não tive
mais como negar. Ja estava ficando excitado só de pensar, concordei com a
idéia e começei a falar: Vai logo, vai logo!!! Vamo depila logo pra eu ver
você fazer as 'outras coisas'!!!
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos
necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente
estava vagando pelas novas sensações que só acordei quando escutei o beep
do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de
plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um
ar de 'dona da situação' que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se
como residente. Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo.
Pediu para que eu ficasse numa posição de quase frango-assado e liberasse o
aceso a zona do agrião. Pegou meus ovos como quem pega duas bolinhas de
porcelana e começou a passar cera morna. Achei aquela sensação
maravilhosa!!
O Pinto já estava todo 'para o alto e avante' como quem diz: 'sou o próximo
da fila'!! Tá pra mim!!!
Pelo início, continuei imaginando quais seriam as 'outras coisas' que
viriam.
Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no
plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viajem.
Achei ela tão carinhosa que por alguns instantes senti orgulho de te-la como
esposa.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na
Thailândia, na China, na Arábia ou pela Internet mesmo. Porém, alguns
segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxão
repentino.
Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUUUUTA QUEEEE O
PARIUUUUUUU quase falado letra por letra. Olhei para o plástico para ver se
o couro do meu saco não tinha ficado grudado. Ela disse que ainda restaram
alguns pelinhos, e que precisava passar de novo. Respondi prontamente: Se
depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!
Segurei a bola esquerda e a bola direita em minhas respectivas mãos, como
quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção e fui
para o banheiro. Sentia o coração bater nas bola do saco.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molho o saco antes de molhar a
cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo meu
corpo.
Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho
novo: faz merda atrás de merda. Peguei meu gel pós barba com camomila 'que
acalma a pele', enchi as mãos e passei nas bola. Foi como se tivesse
passado molho de pimenta!!. Sentei no bidê na posição de 'lava xereca' e deixei o
chuveirinho esfriar as bola, peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os
ovos como quem abana um boxeador no 10° round. Olhei para meu pinto. Ele
tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno e irrugado que mais parecia
irmão gêmeo de meu umbigo.
Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e pergunta se eu
estava passando bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou igual uma
gralha .
Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela ainda me fala que os pentelhos
tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer. 'Pela espessura
da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, minhas bola vão ficar que
nem ovos de codorna', respondi.
Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar com meio metro de
distância e sem tocar em nada e se ficar rindo vai toma uma PORRADA nos
dente pra larga a mão de ser fdp!!
Vesti a porra da camiseta e fui dormir (somente de camiseta). Naquele
momento sexo para mim não exitia.. nem se fosse a mais gostosa, a mais
linda e a mais endinheirada do planeta.
No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar. As bolas estavam
mais calmas, porém mais vermelhas como tomates maduros. Foi estranho
sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados.
Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo e
nada. Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem
cueca mesmo.
Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado. Falei bom dia para
todos, mas sem olhar nos olhos e passei o dia inteiro trabalhando em pé com
receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície mesmo que a
melhor cadeira almofadada.
Sofrimento foi pouco!
Conclusão meu amigo: Tome cuidado com mulher mesmo se ela vier com caricias
e com aquele tom de voz sexy e sedutor, porque se ela quiser fuder sua
vida, ela vai fuder! Basta ficar esperto e prestar muita atenção em qualquer
letra que sair da boca dela, qualquer gesto e qualquer respiro. Lembre-se que 'as
outras coisas' enquanto podem surfar no mundo da putaria dentro da sua
cabeça, na dela está bem longe de ser isso!

O Dentista

Um Dentista desceu aos portões do inferno e foi admitido .
Mal havia chegado, já estava insatisfeito com o baixo nível de higiene do inferno.
Logo começou a fazer projetos e várias ações para coibir aquele caos.
Pouco tempo depois já não havia no inferno o insuportável mau hálito nas pessoas.
Ninguém mais reclamava de dores de dente, os banheiros tinham escovódromos, e, por conseguinte, estavam mais limpos e cheirosos. O dentista era um cara muito popular por lá.
Um dia, Deus chamou o diabo ao telefone e perguntou, ironicamente:
- E então, como estão as coisas aí embaixo?
E o diabo respondeu:
- Uma maravilha! Agora aqui todos se beijam, sorriem uns aos outros, não existem desdentados, as pessoas estão mais felizes... alimentando-se melhor.., isso sem falar no que o nosso Dentista está planejando para breve!
Do outro lado da linha, surpreso, Deus exclamou :
- O quê!?! Vocês têm um Dentista aí? Isso foi um engano!
Dentistas nunca vão para o inferno. Mande-o subir aqui, imediatamente!
O diabo respondeu:
- Sem possibilidade! Eu gostei de ter um dentista e continuarei mantendo-o aqui.
Deus, já mais irritado, fala em tom de ameaça:
- Mande-o para cá, agora, ou tomarei as medidas legais necessárias.
Eis que o diabo soltou uma gargalhada:
- Há há há ha...! Onde você pensa que vai arrumar um advogado...?!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

E tudo mudou...


O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma

O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
E ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão

O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo

O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween

O Fortificante não é mais Biotônico
Folhetins são novelas de TV
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?

Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...


A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
..... De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.


(Luis F. Verissímo)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O homem assassino que matou a si próprio em caráter culposo e doloso...(?)

No jantar de premiação anual de ciências Forenses, em 1994, o Presidente Dr. Don Harper Mills impressionou o público com as complicações legais de uma morte bizarra.

Aqui está a história:

Em 23 de março de 1994, o médico legista examinou o corpo de Ronald Opus e concluiu que a causa da morte fora um tiro de espingarda na cabeça. O Sr. Opus pulara do alto de um prédio de 10 andares, pretendendo suicidar.
Ele deixou uma nota de suicídio confirmando sua intenção. Mas quando estava caindo, passando pelo nono andar, Opus foi atingido por um tiro de espingarda na cabeça, que o matou instantaneamente.
O que Opus não sabia era que uma rede de segurança havia sido instalada um pouco abaixo, na altura do oitavo andar, a fim de proteger alguns trabalhadores, portanto Ronald Opus não teria sido capaz de consumar seu suicídio como
pretendia.
'Normalmente', continuou o Dr. Mills, 'quando uma pessoa inicia um ato de suicídio e consegue se matar, sua morte é considerada suicídio, mesmo que o mecanismo final da morte não tenha sido o desejado.
Mas o fato de Opus ter sido morto em plena queda, no meio de um suicídio que não teria dado certo por causa da rede de segurança,transformou o caso em homicídio.
O quarto do nono andar, de onde partiu o tiro assassino, era ocupado por um casal de velhos. Eles estavam discutindo em altos gritos, e o marido ameaçava a esposa com uma espingarda. O homem estava tão furioso que, ao apertar o gatilho, o tiro errou completamente sua esposa, atravessando a janela e atingindo o corpo que caía.
Quando alguém tenta matar a vítima A, mas acidentalmente mata a vítima B, esse alguém é culpado pelo homicídio de B. Quando acusado de assassinato, tanto o marido quanto a esposa foram enfáticos, ao afirmar que a espingarda deveria estar descarregada. O velho disse que ele tinha o hábito de costumeiramente ameaçar sua esposa com a espingarda descarregada durante suas discussões. Ele jamais tivera a intenção de matá-la.
Portanto, o assassinato do Sr. Opus parecia ter sido um acidente; quer dizer, ambos achavam que a arma estava descarregada, portanto a culpa seria de quem carregara a arma.
A investigação descobriu uma testemunha que vira o filho do casal carregar a espingarda um mês antes. Foi descoberto que a senhora havia cortado a mesada do filho e ele, sabendo das brigas constantes de seus pais, carregara a espingarda na esperança que seu pai matasse sua mãe.
O caso passa a ser, portanto, do assassinato do Sr. Opus pelo filho do casal.
As investigações descobriram que o filho do casal era, na verdade, Ronald Opus.
Ele encontrava-se frustrado por não ter até então conseguido matar sua mãe. Por isso, em 23 de março, ele se atirou do décimo andar do prédio onde morava, vindo a ser morto por um tiro de espingarda quando passava pela janela do nono andar.
Ronald Opus havia efetivamente assassinado a si mesmo, por isso a polícia encerrou o caso como suicídio.


Desconheço o autor.

Recomeço

Recordo-me com carinho da época que possuía um blog, no qual escrevia todo santo dia. Era basicamente um diário, onde eu colocava de forma explícita ou implícita, o que se passava no meu dia-a-dia, nas minhas baladas, nas minhas viagens, e principalmente no meu "eu".
Este novo blog não possui essa pretensão.
Já passou a fase de exposição de assuntos de foro íntimo na internet.
Este espaço, a prinípio, será dedicado a reflexões, textos julgados por mim interessantes, e o que mais me der na telha.

Vamos ver quanto tempo dura?

 
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